quarta-feira, 28 de março de 2012

O Grafite e o Diamante II

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Sempre que ouço alguém falar ou questionar sobre qual seria sua "missão de vida", meu pensamento é claro e simples como um dia de sol, pois eu estou certa do que quero: tornar-me um diamante! Aliás, acredito que essa não seja uma resposta apenas individual, mas coletiva, porque, sim, nós todos temos a OBRIGAÇÃO (maiúscula e sublinhada) de evoluir sempre, no dia-a-dia e na vida-a-vida. Como sou fã de comparações e simbologias, escolhi o par grafite-diamante para explicar o crescimento interno nosso de cada dia.
Ambos são quimicamente idênticos constituídos por um único elemento - o carbono (carbo em latim significa carvão) - porém com estruturas internas e externas distintas, devido à forma com que os átomos se unem uns aos outros, formando uma geometria molecular diferente para cada um.
O grafite é formado mais próximo à superfície terrestre, em pressão e temperatura mais baixas do que é necessário para a formação de seu irmão, o diamante, e com camadas atômicas mais espaçadas e pouca ligação entre si. O resultado é um material maleável e macio como uma criança, sujeito à vida em sua simplicidade, inocência, pureza e confiabilidade.  
O diamante é desenvolvido a cerca de 200 Km de profundidade da terra onde a pressão atômica torna-se altíssma e a temperatura ultrapassa os 1600ºC, fazendo com que seus átomos se aglomerem, se unam mais, tornando-o extremamente duro e possuindo a característica de riscar qualquer outro cristal ou material e não ser riscado por nenhum. 
Está aí então o valor das pressões da vida, das situações que nos parecem impossíveis, dos "benditos e benfazejos" problemas, porque nos ajudam a tomarmos posições e direções, auxiliando a descobrir o que realmente queremos e quem realmente somos. Quando nos conscientizamos de nossos valores (e estou falando de ética, caráter, moralidade, pureza de alma e coração) desenvolvidos através do autoconhecimento e do auto respeito, passamos a espelhar esses mesmos valores para os outros, para o mundo. Este processo de auto lapidação é infinito, pois evoluir é uma condição necessária, é quando nos fortalecemos e passamos a olhar o próximo e compreender que estamos todos interligados, que o outro é meu espelho, o outro "sou eu" e acredito que é neste momento-flash mágico que a lapidação tem seu início, quando transcendemos o mental e entendemos com a sabedoria do coração.
Quando a missão de vida tem por foco ir da condição de grafite ao diamante, temos que estar alertas de que este é um caminho solitário e a pessoa que consegue, nesse caminho, alcançar um mínimo de sabedoria, deixa seu risco (sua marca) no outro!

"Somos todos anjos de uma asa só e somente podemos voar abraçados uns aos outros".  

 

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